quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Solenidade Da Santa Mãe de Deus (01/01)

Feliz 2014!! que Deus nos dê muita saúde e felicidade neste ano que se inicia. Hoje a Igreja comemora a Solenidade de Maria Mãe de Deus. Vamos conhecer um pouco mais sobre este dogma:

"Oitavas de Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Que graça para nós começarmos o primeiro dia do ano contemplando este mistério da encarnação que fez da Virgem Maria a Mãe de Deus!
Este título traz em si um dogma que dependeu de dois Concílios, em 325 o Concílio de Nicéia, e em 381 o de Constantinopla. Estes dois concílios trataram de responder a respeito desse mistério da consubstancialidade de Deus uno e trino, Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
No mesmo século, século IV, já ensinava o bispo Santo Atanásio: “A natureza que Jesus Cristo recebeu de Maria era uma natureza humana. Segundo a divina escritura, o corpo do Senhor era um corpo verdadeiro, porque era um corpo idêntico ao nosso”. Maria é, portanto, nossa irmã, pois todos somos descendentes de Adão. Fazendo a relação deste mistério da encarnação, no qual o Verbo assumiu a condição da nossa humanidade com a realidade de que nada mudou na Trindade Santa, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio de Maria, a Trindade continua sendo a mesma; sem aumento, sem diminuição; é sempre perfeita. Nela, reconhecemos uma só divindade. Assim, a Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo, por isso, a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus.
No terceiro Concílio Ecumênico em 431, foi declarado Santa Maria a Mãe de Deus. Muitos não compreendiam, até pessoas de igreja como Nestório, patriarca de Constantinopla, ensinava de maneira errada que no mistério de Cristo existiam duas pessoas: uma divina e uma humana; mas não é isso que testemunha a Sagrada Escritura. porque Jesus Cristo é verdadeiro Deus em duas naturezas e não duas pessoas, uma natureza humana e outra divina; e a Santíssima Virgem é Mãe de Deus."

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

82- Não é chocante chamar "mãe de Deus" a Maria?

Não. Quem chama mãe de Deus a Maria confessa que o seu filho é Deus. [495, 509]

Quando os primeiros cristãos discutiam quem era Jesus, o termo theotokos ("geradora de Deus") tornou-se sinal de reconhecimento da interpretação fidedigna da Sagrada Escritura: Maria não deu a luz simplesmente um Ser Humano, que após o nascimento se tivesse tornado Deus; o seu filho era, já no ventre, o verdadeiro Filho de Deus. Esta questão ante mesmo de ser um assunto mariológico, é novamente um tema relacionado com o fato de Jesus ser simultaneamente verdadeiro homem e verdadeiro Deus. →117 (YOUCAT)



segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

503- O que é contemplação?



A contemplação é amor, silêncio, escuta, presença diante de Deus. [2709-2719, 2724]

Para a contemplação são necessários tempo, determinação e, sobretudo, um coração puro. É a entrega humilde e pobre de uma criatura que, deixando cair todas as máscaras, crê no amor e procura o seu Deus com o coração. A → Contemplação é também frequentemente designada por "oração íntima" ou "oração do coração". →463 (YOUCAT)


sábado, 28 de dezembro de 2013

Relíquia dos Santos

A Igreja Católica definiu a seguinte classificação de relíquias: Primeiro Classe, parte do corpo de um Santo (ossos, unhas, cabelos, etc). Segunda Classe, objetos pessoais de um Santo (roupa, um cajado, os pregos da cruz, etc). Terceira Classe, incluiu pedaços de tecidos que tocaram no corpo do Santo, ou, no relicário onde parte do seu corpo está conservada.

Denominações:

Ex arca sepulcrali - do caixão ou da arca
Ex breviario - do breviário
Ex Coronae spinae D.N.J.C - Coroa de Cristo
Ex corporis - do corpo
Ex velo - do véu
Ex domo - da casa
Ex bireto - da barreta
Ex capillus/capilli - do cabelo
Ex carne - da carne
Ex cineribus - das cinzas
Ex indumentis - das roupas
Ex ligneo pulveri, mixto pulveri corporis - que contém restos mortais dos Santos misturados com Terra, Madeiras, flores secas do túmulo
Ex ossibus - do osso
Ex preacordis - do estômago ou intestinos
Ex praesepis - do lugar do nascimento
Ex pelle - da pele
Ex tela serica quae tetigit cor - do pano que tocou o coração do Santo
Ex tunica - da túnica
Ex brandea - tocado nos ossos
Ex terra catacumbarum/ sepulcrali - terra da catacumba ou sepulclo

Arca com as Relíquias Ex ossibus (do osso) de São Pedro

502- Qual é a essência da Lectio divina?

A essência da lectio divina é uma busca orante que emana de um texto ou de uma imagem sagrada e implica uma pesquisa sobre a vontade, os sinais e a presença de Deus. [2705-2708]

Não podemos "ler" imagens e textos sagrados como lemos um jornal que nos diz diretamente respeito. Devemos contemplá-los, isto é, elevar o nosso coração a Deus e dizer-Lhe que, nesse momento, estamos totalmente abertos ao que Ele nos quer transmitir através do texto lido ou da imagem observada. Além da Sagrada Escritura, há muitos textos apropriados para esse tipo de oração reflexiva, pois levam-nos a Deus. → 16 (YOUCAT)

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

São João Evangelista (27/12)



Hoje Comemoramos a Festa do "discípulo que Jesus amava", o único entre os apóstolos que não foi martirizado. Penso eu (que fique bem claro que isso é uma suposição minha) que Deus o conservou de uma morte violenta , por ele ter se ariscado a ficar Junto a nossa Mãe aos pés da Cruz. Permanecer aos pés da Cruz significava naquele momento, correr o risco de ser morto também. E João e Nossa Mãe permaneceram ali, de pé, firmes,mesmo com o risco até que o Senhor tivesse expirado. Vamos conhecer um pouco mais da História desse grande Apóstolo:

"O nome deste evangelista significa: “Deus é misericordioso”: uma profecia que foi se cumprindo na vida do mais jovem dos apóstolos. Filho de Zebedeu e de Salomé, irmão de Tiago Maior, ele também era pescador, como Pedro e André; nasceu em Betsaida e ocupou um lugar de primeiro plano entre os apóstolos.
Jesus teve tal predileção por João que este assinalava-se como “o discípulo que Jesus amava”. O apóstolo São João foi quem, na Santa Ceia, reclinou a cabeça sobre o peito do Mestre e, foi também a João, que se encontrava ao pé da Cruz ao lado da Virgem Santíssima, que Jesus disse: “Filho, eis aí a tua mãe” e, olhando para Maria disse:“Mulher, eis aí o teu filho”. (Jo 19,26s).
Quando Jesus se transfigurou, foi João, juntamente com Pedro e Tiago, que estava lá. João é sempre o homem da elevação espiritual, mas não era fantasioso e delicado, tanto que Jesus chamou a ele e a seu irmão Tiago de Boanerges, que significa “filho do trovão”.
João esteve desterrado em Patmos, por ter dado testemunho de Jesus. Deve ter isto acontecido durante a perseguição de Domiciano (81-96 dC). O sucessor deste, o benigno e já quase ancião Nerva (96-98), concedeu anistia geral; em virtude dela pôde João voltar a Éfeso (centro de sua atividade apostólica durante muito tempo, conhecida atualmente como Turquia). Lá o coloca a tradição cristã da primeiríssima hora, cujo valor histórico é irrecusável.
O Apocalipse e as três cartas de João testemunham igualmente que o autor vivia na Ásia e lá gozava de extraordinária autoridade. E não era para menos. Em nenhuma outra parte do mundo, nem sequer em Roma, havia já apóstolos que sobrevivessem. E é de imaginar a veneração que tinham os cristãos dos fins do século I por aquele ancião, que tinha ouvido falar o Senhor Jesus, e O tinha visto com os próprios olhos, e Lhe tinha tocado com as próprias mãos, e O tinha contemplado na sua vida terrena e depois de ressuscitado, e presenciara a sua Ascensão aos céus. Por isso, o valor dos seus ensinamentos e o peso de das suas afirmações não podiam deixar de ser excepcionais e mesmo únicos.
Dele dependem (na sua doutrina, na sua espiritualidade e na suave unção cristocêntrica dos escritos) os Santos Padres daquela primeira geração pós-apostólica que com ele trataram pessoalmente ou se formaram na fé cristã com os que tinham vivido com ele, como S. Pápias de Hierápole, S. Policarpo de Esmirna, Santo Inácio de Antioquia e Santo Ireneu de Lião. E são estas precisamente as fontes donde vêm as melhores informações que a Tradição nos transmitiu acerca desta última etapa da vida do apóstolo.
São João, já como um ancião, depara-se com uma terrível situação para a Igreja, Esposa de Cristo: perseguições individuais por parte de Nero e perseguições para toda a Igreja por parte de seu sucessor, o Imperador Domiciano.
Além destas perseguições, ainda havia o cúmulo de heresias que desentranhava o movimento religioso gnóstico, nascido e propagado fora e dentro da Igreja, procurando corroer a essência mesma do Cristianismo.
Nesta situação, Deus concede ao único sobrevivente dos que conviveram com o Mestre, a missão de ser o pilar básico da sua Igreja naquela hora terrível. E assim o foi. Para aquela hora, e para as gerações futuras também. Com a sua pregação e os seus escritos ficava assegurado o porvir glorioso da Igreja, entrevisto por ele nas suas visões de Patmos e cantado em seguida no Apocalipse.
Completada a sua obra, o santo evangelista morreu quase centenário, sem que nós saibamos a data exata. Foi no fim do primeiro século ou, quando muito, nos princípios do segundo, em tempo de Trajano (98-117 dC).
Três são as obras saídas da sua pena incluídas no cânone do Novo Testamento: o quarto Evangelho, o Apocalipse e as três cartas que têm o seu nome.
São João Evangelista, rogai por nós!"  fonte


Venite Adoremus Dominum (Adeste Fideles)